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Navio Giulio Mazzino

 

NAVIO GIULIO MAZZINO

 

 

 

Navio Imigração

 

 

        Fazia a rota Genova/Rio de Janeiro, navio que trouxe a Familia De Pieri e muitas familias italianas para o sul catarinense. O hino dos imigrantes vindos para o Brasile é conhecido até hoje e Santa Catarina oficializa “La Merica”  como tema dos 130 anos da imigração italiana.Com o título La Merica, este poema com estribilho e três estrofes se encontram na obra de Ângelo Giusti, a quem a tradição oral atribui a autoria.

        As demais estrofes são aditamentos e bem se vê a dissonância nas idéias.A probabilidade de Ângelo Giusti ser o autor é muito grande, porque sua obra Poemas de um imigrante italiano só traz textos de sua autoria, nenhum poema copiado, e a canção La Merica está na página 65 de uma obra de 70 páginas com observação do Prof. Luis Alberto De Boni de que o poema é por tradição oral local de autoria de Angelo Giusti. Giusti fazia os poemas e nos fins de semana, nos encontros de Igreja, ele os cantava com os amigos. Freqüentemente ia a Flores da Cunha para pedir ao conhecido músico sacro francês, Frei Exupério de la Compôte, de compor as músicas para seus poemas e as aprendia de cabeça.E o La Merica de Giusti bem se aproxima do estilo musical do frade. Portanto, a letra é certamente de Giusti, e a música foi composta por Exupério de La Compôte, em estilo fácil para facilmente ser aprendida e cantada, como aliás são todas as suas canções.                                          

          Angelo Giusti faz parte da primeira geração de imigrantes da então Colônia Caxias, morando no atual território de Flores da Cunha, no travessão Rondelli, à beira da Estrada que vai de Flores da Cunha a Antônio Prado, onde faleceu com 81 anos, a 23 de fevereiro de 1929. Antes de sua morte, depositou um conto de réis no Banco Pelotense para serem rezadas missas em seu sufrágio, depois da morte, e elaborou também o epitáfio para seu túmulo, assim redigido:
              

    Qui giace Angelo Giusti,
    Fu poeta di poco valore.
    La sua anima è partita
    A render conto a Nostro Signore.

       Se observarmos os títulos de seus poemas, todos referente a histórias italianas, todos de sua autoria, não resta dúvida de que este poema com três estrofes e estribilho é de sua autoria. Entre outros poemas tem: Le campane di Nuova Trento; Benedizione delle Campane; Per la chiesa nuova di Nova Trento; Festa di San Pietro; Pio Décimo; Bandiera Cattolica; Le streghe; Inno in onore alla Madonna di Maggio; Le cavalete; Le donne si fanno tosar; Padre Raimondo; Archivescovo Giovanni Becker.


    Da l’Italia noi siamo partiti                             Da Itália nós partimos
    Siam partiti col nostro onore.                         Partimos com nossa honra
    Trenta sei giorni di macchina e vapore            Trinta e seis de navio a vapor
    E in America siamo arrivà.                             E na América chegamos

    Merica, Merica, Merica,                                América, América, América
    Cossa sarala sta Merica?                              Que coisa será esta América?
    Merica, Merica, Merica,                                América, América, América
    un bel mazzolino di fior.                                É um lindo ramalhete de flores

    A l’America noi siamo arrivati                         Na América nóis chegamos
    Non abbiam trovato nè paglia e nè fieno          Não encontramos nem palha e nem feno
    Abbiam dormito sul nudo terreno                    Dormimos sobre o duro terreno
    Come le bestie abbiam riposà.                       Como os animais, repousamos

    Ma l’America l’è lunga e l’è larga                    A América é longa e larga
    È circondata da monti e da piani                   É formada por montes e planícies
    E con l’industria dei nostri italiani                   E com o esforço dos nossos italianos
    Abbiam formato paesi e città.                      
Construímos vilas e cidades.